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Tradições

A ilha de São Jorge esteve, desde sempre, ligada à crença, à música e aos festejos.

Do ponto de vista cultural acontecem no Concelho festas locais e religiosas e as manifestações culturais ligadas à devoção ao Espírito Santo. Mesmo na Vila da Calheta, o cais é palco para grandes acontecimentos como é exemplo o Festival de Julho que permite a afirmação dos produtos e valores locais.

Desde longa data, são reconhecidos os dotes musicais dos jorgenses. Exemplo disso é a quantidade considerável de filarmónicas, chegando mesmo a ser em número superior ao número de freguesias (Sociedade Estímulo, Sociedade Filarmónica União Popular, Recreio São Lázaro, Recreio dos Lavradores, Nova Aliança, Recreio Topense e a Sociedade Filarmónica Clube União).

O gosto pela música também está patente nos tradicionais bailes regionais, onde se tocam e bailam as modas dos nossos antepassados, como a Chamarrita, Saudade, Samacaio, Pezinho, Lira e muitos outros. Para repor o desaparecimento dos bailes tradicionais e de algumas tradições surgiram os grupos etnográficos, reconstituindo os trajes, o cantar e o bailado dos antepassados, fazendo reviver as nossas tradições. Podemos realçar o Grupo Etnográfico da Calheta que foi um dos mais apreciados do Arquipélago, pela sua qualidade nas recolhas etnográficas e musicais efetuadas.

O conhecido filho da terra, Maestro Francisco Lacerda, natural da Ribeira Seca, é o exemplo perfeito do sucesso do homem açoriano no mundo. Considerado um dos melhores Diretores de Orquestra da Europa no século XIX, foi também compositor, musicólogo e folclorista. Partiu da fajã da Fragueira para o mundo, passando por cidades como Porto e Lisboa, antes de se fixar em França, onde desempenhou cargos importantes, sempre ligados à sua paixão, a música. Para os jovens açorianos de qualquer tempo, Francisco de Lacerda é um exemplo de confiança nas capacidades próprias e de sucesso internacional baseado no estudo e nos trabalhos que desenvolveu, bem como no seu enorme talento que colocou ao dispor da Europa e do Mundo.

É de destacar ainda o património arquitetónico do Concelho da Calheta, caracterizado por uma arquitetura rural. Destaca-se, no entanto, algumas edificações de cariz religioso e casas senhoriais que se distinguem pela sua dimensão e tipo de construção em valiosa alvenaria de pedra. Este tipo de arquitetura foi-se transformando gradualmente a partir do sismo de 80. Nas fajãs, as casas são normalmente de dimensões mais reduzidas sendo utilizadas como segunda habitação. Dividem-se em dois tipos básicos distintos: a casa linear e casa com cozinha perpendicular em forma de L ou T.

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